sábado, 1 de maio de 2010

RedeSul de Rádio | Feira destaca a importância da economia solidária na Diocese de Caxias do Sul


Evento segue até este domingo e deve reunir mais de 5 mil pessoas

 Feira destaca os produtos coloniais. (Foto: Tales Giovani).
A iniciativa é uma promoção da Escola de Fé, Política e Trabalho e da Cáritas da Diocese de Caxias do Sul. Pela primeira vez, o Santuário de Nossa Senhora de Caravaggio, localizado no Município de Farroupilha, sedia uma Feira de Economia Solidária. Ela foi aberta na manhã deste sábado (24), durante solenidade que contou com a presença do Bispo Dom Paulo Moretto, representantes de prefeituras da região, palestrantes e convidados. 

O evento prossegue até o domingo à tarde com a celebração do sexto dia da Novena em preparação à 131ª Romaria à Nossa Senhora de Caravaggio. Conforme os organizadores da Feria, a expectativa é que cerca de cinco mil pessoas passem pelo Santuário durante os dias de evento. Conversando com a reportagem da Rádio São Francisco SAT e RedeSul de Rádio, o Bispo de Caxias do Sul, Dom Paulo Moretto, disse que é importante valorizar o trabalho desenvolvido pelos pequenos produtores, cooperados através de associações e entidades. Segundo o Bispo Caxiense, a Igreja Católica tem alertado a sociedade brasileira para um debate importante e constante sobre a economia solidária, mesmo com a própria Campanha da Fraternidade deste ano que aborda a temática. (Acompanhe em Áudio).   

A Feira tem por objetivo mostrar e visualizar experiências de grupos urbanos e rurais de cerca de vinte municípios da região que vivem a economia solidária. Quem chegar até o o Santuário de Nossa Senhora de Caravaggio também poderá adquirir produtos (foto) das pequenas agro-indústiras familiares de diversas cidades do nordeste gaúcho. 


Evento atraiu cerca de cinco mil pessoas até o Santuário e movimentou 18 municípios da Serra
 Valor gerado pela Feira foi de R$ 15 mil. (Foto: Lucas Guarnieri)
Cerca de cinco mil pessoas passaram pela Feira de Economia Solidária que aconteceu durante o fim de semana no Santuário de Caravaggio em Farroupilha. O térreo da Capela das Confissões, onde ficou instalado o evento, foi palco para debates e reflexões sobre uma nova forma de economia, que valoriza a vida.

Os 30 empreendimentos de economia solidária, de 18 municípios da região serrana, que expuseram os seus produtos ficaram satisfeitos com os resultados da Feira. Segundo os organizadores, o valor gerado durante o sábado e o domingo ficou em cerca de R$ 15 mil. Para um dos expositores, Paulo Viegas, Secretário do Conselho Administrativo da Cooperativa de Citricultores do Vale do Caí, a Ecocitrus, de Montenegro, o evento superou as expectativas. Ele ressalta que o mais importante não foi o lucro, mas a oportunidade de divulgar o trabalho desenvolvido.

Segundo Padre Gilnei Fronza, Coordenador da Cáritas Diocesana, uma das promotoras do evento, foram dois dias de programação intensa, que ficaram dentro das expectativas. Ele lembra que a Feira, também chamada de Ecosolidária, buscou discutir a construção de um mundo a partir de uma nova concepção de economia, sem esquecer da preocupação ecológica. Padre Gilnei destaca ainda que o mais importante desta Feira não é o lucro obtido, mas sim formar uma rede de empreendimentos, que possa viabilizar a economia solidária.

A Feira de Economia Solidária foi uma promoção da Escola de Fé, Política e Trabalho da Diocese de Caxias e da Cáritas Diocesana, com apoio da Associação de Microcrédito Popular e Solidário do Rio Grande do Sul, Irmãs do Imaculado Coração de Maria e CPERS/Sindicato. O evento integrou a programação da 131ª Romaria de Nossa Senhora de Caravaggio.

Marisa apresenta Carta da economia solidária durante seminário na Assembléia

PARLAMENTO
Neiva Alves - MTB 6064 - 28/4/2010 - 15:27
O evento que discutiu economia popular e solidária, com as presenças de Cláudio Nascimento, da equipe pedagógica da Rede de Educação Cidadã, do gabinete da Presidência da República, Ervino Schmid, secretário-executivo do Conic e do pedagogo Moacir Gadotti.
 
Acontece durante toda esta quarta-feira (28), no Teatro Dante Barone da Assembleia, o Seminário Economia Popular Solidária. O objetivo do encontro é discutir e viabilizar ações de economia solidária como alternativa ao modelo de consumo e produção capitalista.

O evento é uma parceria da Comissão de Cidadania e Direitos Humanos CCDH da Assembléia Legislativa, Conselho Nacional de Igrejas Cristãs (Conic), Cáritas Brasileira (Regional RS), Fórum Gaúcho de Economia Solidária, Associação do Voluntário e da Solidariedade (Avesol) e Fundação Luterana de Diaconia.

O seminário antecede as conferências estadual e nacional sobre o tema e que ocorrem em maio de junho, respectivamente. Esses eventos se constituem numa possibilidade concreta de influir nas políticas públicas em defesa da economia popular solidária.

Falando na abertura do seminário, a deputada Marisa Formolo (PT) defendeu a isenção de tributos para produtos da economia solidária e propôs que os cursos de áreas afins preparem os alunos para a agricultura ecológica. Ela também apresentou a Carta Aberta da Feira de Economia Solidária, documento da a Feira Eco Solidária, que aconteceu nos dias 24 e 25 de abril, no Santuário de Nossa Senhora de Caravaggio, no município de Farroupilha, Diocese de Caxias do Sul, numa iniciativa da Cáritas e Escola de Formação Fé Política e Trabalho.

O documento aponta iniciativas de fomento e suporte à economia solidária, como:

1. Coleta de assinaturas para apresentação do Projeto de Lei de Iniciativa Popular, para construir o marco legal para a Política Nacional de Economia Solidária.

2. Construção de mecanismos de viabilização e organização da produção, do comércio justo, consumo consciente e comercialização direta.

3. Criação de políticas públicas de crédito e microcrédito para empreendimentos de economia solidária.

4. Reivindicação de programa de financiamento de microcrédito para empreendimentos solidários com fundos de apoio nos bancos públicos e com recursos do Pré-Sal.

5. Isenção da tributação para produtos industrializados da rede de economia solidária.

6. Programas de incentivo a agricultura familiar ecológica em todos os seus processos, como: formação qualificada de técnicos, troca de experiências, aquisição de insumos, infra-estruturas de produção, armazenamento e comercialização.